quarta-feira, 31 de outubro de 2012

OS MONSTROS HUMANOS.

CALMA, QUE ISSO NÃO TEM CARA DE ENEM. EU SEI.
MAS SE HOUVER UM TEMPO LEIA O TEXTO DE ELIANE B. É MUITO BOM...
CREIO QUE PARA SE FAZER O ENEM É NECESSÁRIO ESTAR NO OLHO DO FURACÃO.



http://ocadernodarose.blogspot.com.br/2012/10/o-matador-do-cinema-do-colorado.html

TEXTO EXCELENTE SOBRE AS POLÍTICAS INCLUSIVAS E COMPENSATÓRIAS. LEIAM POR FAVOR




Matéria escrita em 12/04/11, por Mateus Sacoman
(Des)Contextuado | Comentários Fechados
Em meio a grandes debates sobre o rumo que a Educação brasileira está tomando e a importância de garantir os direitos humanos para todas as faixas da população mundial, este artigo trata dos limites das implementações de políticas inclusivas dentro do sistema educacional que esbarram na falta de uma efetiva e séria política de educação básica, primordial para o desenvolvimento de indivíduos, ao longo dos níveis educacionais, buscando tanto um nível intelectual quanto a formação de cidadãos. Para isso o autor faz uma análise respaldando-se em alguns levantamentos feitos por órgãos nacionais como o IBGE e a Fase e se utiliza até da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. Através dos problemas que o Brasil tem enfrentado, mostra-nos a não universalização da educação infantil e ensino médio, ainda privilégio de poucos, e coloca uma questão interessante e de grande preocupação: as políticas educacionais são influenciadas por fatores que não estão em seu controle como a desigualdade social, a desigualdade econômica entre regiões, a exclusão digital e o racismo provocando um certo estímulo a políticas compensatórias e focalizadas visando responder a uma melhora através dos números de pesquisas e não garantindo a implementação de políticas públicas que visam a igualdade de oportunidades.
Para uma análise mais alargada desse problema Cury discute as políticas inclusivas, ressaltando que só há sentido pleno a elas quando colocadas sob a guarda dos direitos humanos, em um mundo globalizado, transcendendo a ligação histórica entre cidadania e nação. É notável a tensão que há na relação entre o direito à igualdade a todos e o direito à equidade, respeitando sempre a diferença. Da tensão anteriormente citada, entre igualdade e diferença, é que surgem as políticas universais ou focalizadas, que dependem do respaldo governamental e a quais áreas visam atingir. As políticas universais, bem como as focalizadas, têm suas limitações expostas e compreendem uma análise mais interior. A focalização imposta pelos Estados não deixa de ser uma estratégia para promover a racionalização dos recursos, enquanto que as políticas universais por vezes permanecem apenas na formalidade, sem efetivação. Em relação às desigualdades o autor traça um panorama social do Brasil como um país que detém grandes riquezas, mas em relação à distribuição delas é catastroficamente desigual, levantando um questionamento central do artigo que é “quanto de igualdade ainda é preciso para que se atinja uma cidadania nacional digna dos direitos civis, políticos e sociais? Mais do que isso: quais são as reais oportunidades de sustentação da democracia quando a desigualdade não dá mostras de recuo efetivo?”. Não há dúvidas que em relação a cidadania educacional e implementação de políticas que atinjam a todas as pessoas independentemente de raça, impossibilidades físicas ou mental, fica claro que a situação ainda mais exclui do que abrange. Segundo os dados que o autor interpreta no artigo 30% das crianças na faixa etária correspondente à educação infantil estão matriculadas na escola. O ensino fundamental, apesar de contar com um grande número de presença, cerca de 97% da população na faixa etária correspondente, nos indica grave déficit em relação à qualidade empregada e permanência dos alunos. Já no ensino médio, o número de matrículas é elevadamente superior àqueles que concluem todo o período determinado, sendo que mais da metade das matrículas são de pessoas idade maior que dezessete anos e no período noturno. Apresentando outros graves problemas entramos no campo de discussão relacionado à valorização dos docentes, estes recebem remunerações insuficiente e ainda grande parte possuem grau de instrução deficitário ou o mínimo exigido por lei. Carlos Cury toca em um assunto chave quando acrescenta que a história da educação brasileira torna-se ainda mais complexa pela discriminação, que ainda atinge negros, índios, migrantes, trabalhadores braçais e pessoas com necessidades especiais. Em um outro ponto inteligentemente exposto por Cury, é notável a diferença entre o “Brasil branco” e o “Brasil negro”, confirmada por diversos relatórios, indicadores sociais, e pesquisas. Destacando algumas políticas educacionais inclusivas, relata o Fundeb, projeto mais ousado relativo ao apoio de políticas universalistas que surge para substituir o Fundef, sendo que este ultimo é considerado uma ação focalizada por ser universalizante apenas para o ensino obrigatório.
Fica claro o ponto de vista do autor em relação aos limites em que as iniciativas esbarram, ressaltando que a melhor maneira de atender a uma ação afirmativa em favor dos direitos humanos e a cidadania é o acesso à educação infantil e ao ensino médio, o que claramente não vem sendo implementado. Essas barreiras que acabam delimitando uma política social mais ampla perpassam a escola, como a desigual distribuição de renda, má administração dos recursos existentes e discriminações; mas não apenas isso, existem sim barreiras que fazem parte do interior escolar, como a formação e valorização dos docentes. Concluindo o artigo o autor só vê uma saída e coloca que a população precisa ser mobilizada em prol do valor e importância da educação escolar, de maneira a motivar educadores e cobrar o devido empenho dos governos.
Voltando aos problemas expostos no texto parece ficar claro que algumas políticas visam apenas responder aos anseios de pesquisas de órgãos tanto nacionais quanto internacionais, mostrando a louvável melhora nos indicadores, mas a qualidade do ensino e da implementação de políticas fica muito a desejar, o esquema é englobar a quantidade máxima de indivíduos dentro do sistema escolar, sem preocupar-se com tipo de educação que será empregada. Já se passou a “era” em que os governantes ao excluir sua população de uma educação de qualidade mantinham-na longe das discussões políticas e se perpetuavam no poder. Outro ponto é a questão de que as políticas de inclusão implantadas devem atingir toda a população sem qualquer distinção, mas de forma alguma devem excluir a diversidade, aqui reside a importância de formar não apenas trabalhadores ou técnicos, mas também cidadãos que possam contribuir para o desenvolvimento social com uma vasta gama de opiniões, é necessário heterogeneidade e não homogeneidade. Apesar de levantar importantes problemas das políticas educacionais, é difícil localizar uma resposta completa para a solução do problema, existe muitas ações que devem ser implementadas em conjuntos, uma inclusão digital, o fim das desigualdades, além de os municípios que abrangem as escolas oferecerem um aporte cultural e tecnológico, ainda há a necessidade de uma política de valorização do docente além de possibilitar que este esteja em constante formação. Existe um movimento cíclico de problemas que devem ser resolvidos, uma má formação no ensino superior leva a uma educação de baixa qualidade para o ensino fundamental e médio, sendo que isso acarretará em alunos concluintes despreparados que entrarão no ensino superior e assim o processo todo continua. As propostas para a solução foram apresentadas, volto a bater na tecla de que as ações devem ser conjuntas e sem a pressão dos especialistas da área educacional e da população como um todo sobre os governantes não caminharemos na direção certa.
Fonte:
CURY, C. R. J. Políticas inclusivas e compensatórias na educação básica. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v.35, n.124, p.11-32, jan./abr. 2005.
Obs.: Gostaria de pedir aos internautas que necessitarem do uso deste texto que citassem a fonte (no caso meu nome e a revista), pois este artigo foi fruto de algumas importantes leituras e tem um teor acadêmico. Escrevi com o intuito de diminuir a distância do que se produz nos meios acadêmicos com os leitores da revista!

AS SEIS COMPETÊNCIAS REQUERIDAS NO ENEM

O Ministério da Educação (MEC) quer testar, dentro da matriz de referência do Enem, seis competências. As primeiras incluem a capacidade dos candidatos de compreender os elementos culturais que constituem as identidades; as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder; e a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas. É importante também entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social; usar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia; além de analisar a sociedade e a natureza em diferentes contextos históricos e geográficos.
http://blogpensar.blogspot.com.br/2012/10/a-filosofia-no-enem-dicas-para-o-enem.html

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pedofilia. É preciso tratar do pedófilo + Xuxa no Fantástico

ELABORE O TEXTO SOBRE A PEDOFILIA E PENSE NUMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.
REPARE QUE AQUI SE FALA DO PEDÓFILO. QUEM É ELE? HÁ TRATAMENTO PARA SEU COMPORTAMENTO? REFLITA...


"Se o tratamento for iniciado no tempo adequado, a cura poderá ser alcançada"

"Por anos eles conseguem se controlar, mas um dia aoportunidade surge e cedem"



A cada ano há mais denúncias de abuso sexual contra crianças. De janeiro a abril, passaram de 34 mil: um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
Nos meses de maio e junho o crescimento foi ainda maior, talvez puxado pela aparição de Xuxa no "Fantástico", declarando ter sido abusada na infância. Só nesse bimestre foram ouvidas 22 mil denúncias, alta de 30% em relação ao início do ano.
A repressão à pedofilia no Brasil dá passos -como a ampliação, em maio, do prazo de prescrição para esse crime abjeto no qual a criança é a vítima do desejo de alguém mais forte que ela e, quase sempre, de "confiança".
Mas há quem defenda um trabalho de prevenção por meio de tratamento, cuidados e apoio dispensados ao agressor em potencial.
Um pedófilo não é obrigatoriamente um criminoso. Pode sentir atração por crianças e se manter afastado delas a vida inteira -ou por anos.
Segundo o psicólogo Antônio Serafim, do Hospital das Clínicas de SP, a literatura aponta que 75% dos pedófilos nunca chegam a sair da fantasia para o crime.
"É importante oferecer suporte aos que sofrem do transtorno". Ele diz que os agressores são tipos imaturos e solitários. "A falta de habilidade social acaba os levando a mergulhos cada vez mais profundos na pedofilia."
A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade e também como um desvio sexual.
"Se o tratamento, que envolve terapia e medicamentos, for iniciado no tempo adequado, com técnicas adequadas e por profissionais preparados, melhoras consideráveis e até a cura poderão ser alcançadas", afirma José Raimundo Lippi, que é psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Prevenção e Tratamento das Ofensas Sexuais.
Surgiram iniciativas de apoio a pedófilos latentes em vários países. No Reino Unido e na Irlanda, o grupo Stop It Now! disponibiliza um número de telefone para quem tem consciência de seu problema e precisa de ajuda para continuar inofensivo.
DIFERENTES PERFIS
Na França há a L'Ange Bleu, fundada por Latifa Bennari, franco-argelina de 61 anos que não tem formação em psicologia, mas tem vasta experiência no assunto.
A associação é polêmica: em vez de dar assistência às vítimas, concentra-se no apoio aos pedófilos. Mas antes de fundá-la Bennari ajudou, durante 30 anos, pessoas traumatizadas por abuso sexual na infância.
Segundo ela, era comum a vítima pedir um encontro com seu agressor, para confrontá-lo e tentar seguir em frente. "Nesses grupos, fui percebendo vários perfis. Há o que não sente remorso, mas há o que sabe que tem algo errado com ele", conta.
"A pedofilia aparece cedo, mas as agressões demoram para acontecer. Durante anos conseguem se controlar, mas um dia a oportunidade surge e alguns cedem", diz Bennari, que trabalha com conhecimento de causa: ela foi abusada por umempregado da família dos cinco aos 13 anos.
O objetivo da sua entidade, diz, é apoiar os que têm conhecimento de seu transtorno, mas que, por consciência do mal que podem causar ou pelo simples medo da prisão, nunca realizaram seus desejos e precisam de ajuda para continuar inofensivos.
A L'Ange Bleu encaminha pessoas para consultas com psiquiatras, promove reuniões entre pedófilos em potencial e vítimas de pedofilia e até dá suporte jurídico a agressores, preservando a identidade dos participantes.
No Brasil não existe nada do tipo. Mas há o Centro de Estudos Relativos ao Abuso Sexual, em São Paulo, que atende famílias incestuosas.
"Fazemos ações anteriores ao aparecimento da patologia. A família incestuosa é uma fábrica de ofensores sexuais: ali são produzidos futuros pais incestuosos, pedófilos, estupradores etc. Trabalhar com essas famílias é fazer a prevenção primária desse grave problema de saúde pública", explica Lippi.
INVERSÃO DE PAPÉIS
Iniciativas como a da associação francesa são alvo de críticas. Nesse modelo de prevenção os pedófilos seriam vitimizados além da conta.
É o que pensa a psicanalista Lekissandra Gianis, filiada à Escola de Psicanálise do Rio de Janeiro. Para ela, ajudar as crianças é mais urgente: "A prioridade deve ser dada às vítimas, que vivem no limiar do surto psicótico".
Um caminho não invalida outro, segundo especialistas.
"Todo trabalho que vai na direção de intervir nas agressões sexuais é válido. Tratar o agressor em potencial seria positivo também para os profissionais, que teriam mais experiência nesse transtorno", opina a psicanalista Fani Hisgail, autora de "Pedofilia - Um Estudo Psicanalítico" (Iluminuras). Mas ela ressalva que tratar um pedófilo é muito complexo. "Primeiro ele tem que reconhecer seu problema e querer se tratar."
A L'Ange Bleu teve um início difícil. Em 1998, desejando chamar atenção para a causa, Bennari foi a um congresso de psicologia expor seu ponto de vista.
Rejeição unânime. "Todos me chamaram de louca, disseram para não focar no pedófilo, e sim na vítima. O objetivo era justamente evitar vítimas, mas disseram não ser politicamente correto. Achavam impossível um pedófilo sair das sombras antes de virar criminoso", lembra.
Hoje, num dia normal, Bennari atende em média sete novos pedófilos em potencial.
Nos EUA, dois pedófilos que se conheceram na rede criaram o site "Virtuous Pedophiles", que tenta mostrar ao mundo que um pedófilo pode ser inofensivo. Ethan*, como se apresenta um deles, diz que ninguém, exceto seu terapeuta, sabe de seu problema: "As pessoas nos odeiam", justifica.
"Os profissionais não estão preparados para lidar com esses pacientes. Interrompem o tratamento assim que o pedófilo se assume. Acreditam que cedo ou tarde seremos todos criminosos. Até mesmo terapeutas espalham que todos os pedófilos são abusadores, embora nem todos os abusadores sejam pedófilos", diz Ethan.
AMANDA LOURENÇO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
...

AQUI UM TEXTO SOBRE A PEDOFILIA NA REDE. ~
LEIA SE TIVER TEMPO. MAS NAO É FUNDAMENTAL.
http://sergyovitro.blogspot.com.br/2012/06/pornografia-infantil-pedofilos-caem-na.html

PROPOSTA E JÁ A INTERVENÇÃO DIRECIONADA:Haverá limites à obsolescência ( o ato de comprar supérfluos)?

Haverá limites à obsolescência ( o ato de comprar supérfluos)? 


''Quem supôs que um cachorro precisa de roupas e brinquedos?
As necessidades se impõem ao freguês que vive para o trabalho e trabalha para comprar. É o compro , logo existo''.
Regina Régia, pedagoga.


FILOSOFIA  O que é a nova sociedade de consumo e o papel da felicidade na sua dinâmica?
Gilles Lipovetsky***( este pensador é genial!)  É muito complicado, existem muitas coisas envolvidas. Escrevi um livro para descrevê-la chamando de "hiperconsumista", isto é, que consome de uma maneira "hiperindividualizada". Ela é baseada nos indivíduos e não mais na família, por exemplo, como no caso da telefonia. Cada membro da família tem um telefone atualmente, até mesmo as crianças, e isso pode ser estendido aos computadores e máquinas fotográficas, etc. Portanto, cada vez mais por meio do "hiperconsumismo" cada indivíduo pode construir sua vida de uma maneira mais autônoma e livre, porque se é menos tributário do ponto de vista coletivo.



FILOSOFIA  Isso ocorre em todas as classes sociais?
Gilles Lipovetsky  O "hiperconsumo" é igualmente responsável pelo desaparecimento da cultura de classes. Nas favelas, por exemplo, mesmo os pobres conhecem as marcas de luxo, acompanham a moda, sabem de marcas conhecidas e querem viajar em férias por causa da publicidade e da televisão. As classes sociais ainda existem, há cada vez mais os mais ricos e os mais pobres e grandes injustiças, porém, ao mesmo tempo, todos têm o mesmo ponto de referência. E aqui surgem alguns problemas, porque os pobres desejam ter um carro, viajar, consumir marcas famosas e se frustram porque nem sempre têm 
dinheiro. Cria-se, dessa maneira, uma sociedade da frustração.http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/49/artigo179777-3.asp


Haverá limites à obsolescência? Um dia a superprodução fará com que a oferta seja assustadoramente superior à demanda? Tudo indica que não. A indústria há tempos aprendeu que o consumidor é irracional, não se move por princípios, e sim por efeitos. É a emoção que o faz aproximar do balcão.



 A intimidade cede lugar à ''extimidade'', na expressão de Bauman. Faz desabar todos os muros da privacidade. A ponto de as pessoas se tornarem mercadorias vendáveis, vitrines ambulantes que esperam ser admiradas, desejadas, invejadas e cobiçadas. Daí o oneroso investimento em academias de ginástica, cosméticos, plásticas etc. Muitos buscam ansiosos ser objetos de desejo. Porque a sua autoestima depende do olhar alheio. E o mercado sabe muito bem manipular essa baixa autoestima.
-----------------------------
* Frei Betto é escritor, autor de Alfabetto

Status social e relações de poder

A FRASE 'VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?" É REFLEXO DA ESTRUTURA SOCIAL BRASILEIRA. 

AQUI, UM VÍDEO DE CORTELLA. VOCÊ NÃO PODE PERDER ISSO! ANDE LOGO!


http://www.youtube.com/watch?v=1w6_vXBJYqw

O TEMA VIOLÊNCIA JÁ FOI SOLICITADO NO ENEM, EM 2003. MAS CONSIDERO-O FUNDAMENTAL. AQUI UMA PROPOSTA ÓTIMA!


Como solucionar o problema da violência urbana ( esta  é a proposta de intervenção.  O tema já está aí. Delimite bem  e escreva. Mande que eu corrijo amanhã)
 Violência urbana é o conceito do fenômeno social de comportamento deliberadamente agressivo e transgressor exercido por indivíduos ou coletividades nos limites do espaço urbano, sendo ela determinada localmente por valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais de uma sociedade, podendo variar no tempo e no espaço.

Existem diversos fatores para a existência de tanta violência urbana. Podemos começar citando a
influência da globalização que disseminou pelo mundo comportamentos violento, como aqueles originários nos Estados Unidos e na Europa (gangues de rua, a pichação de prédios). O mal funcionamento dos mecanismos de controle jurídicos colaboram para a disseminação da violência de todas as espécies. A falha no exercício da coerção é um dos fatores mais apontados como causadores de condições para o exercício da violência.

Ao contrário do que comumente ouvimos em conversas informais, a violência não tem sua causa na pobreza. Se fosse correto essa afirmação, o continente africano seria o mais violento, assim como seria aqui as Regiões Nordestes e Norte, perspectivamente as mais violentas. O que constatamos é que a violência tem estado relacionada à desigualdade social (veja os níveis de violência na América Latina, assim como na Região Sudeste). A imposição do modelo de consumo capitalista não tem sido condizente com as condições para obtê-lo. Muitos por não conseguirem "ser alguém" (ler-se consumidor em potencial) por meios legais, acabam buscando outras vias (é claro que não é apenas um fator isolado o motivador de tais práticas ilegais).

O Brasil possui características propiciadoras de violência urbana, como a existência de instituições frágeis (entre elas a família), profundas desigualdades sociais e uma tradição cultural violenta (embora camuflada pelo "tipo cordial"). Outra questão importante é a aceitação de condutas ilegais, que dependendo da gravidade é classificada pelos próprios indivíduos como “jeitinho brasileiro”. O brasileiro aceita facilmente o rompimento com as normasjurídicas, seja por parte do Estado (por exemplo, o uso de tortura ao pobre como meio de punição de criminosos ou de investigação), como por parte da sociedade civil (ocupação de espaços públicos por camelôs; infrações de trânsito; desrespeito ao consumidor; empregador que não paga os direitos dos empregados, etc.).

Somado a tais fatores soma-se a exclusão política e o baixo desempenho do sistema educacional de nosso país. Em fim, realizo esses breves apontamentos para reflexão. Não creio que seja uma resposta (o que não é o objetivo), mas um caminho para a reflexão do fenômeno.


"O antiintelectualismo que aparece, com certa frequência, nas cartas de leitores [dos grandes jornais] e em outras manifestações, contém, a meu ver, certo ressentimento e dois erros sérios, fundados na nossa tradição individualista-hierárquica.

O primeiro, decorrente de uma profunda ignorância a respeito de direitos civis, que se completa com uma situação inusitada, aquela em que a pessoa acha que a violência policial só chegará aos "outros" (bandidos, traficantes, assassinos), jamais a si mesma; daí a noção absolutamente equivocada de "direitos humanos dos bandidos". 

O erro está em acreditar que os direitos que se erguem para defender suspeitos de crimes e criminosos da arbitrariedade praticada por agentes do Estado não são universais, isto é, não servirão para defender também o inocente da presunção de ser criminoso, inclusive a própria pessoa, que deve se achar completamente isenta desse risco.

O segundo erro é o de acreditar que a violência - ilegítima e ilegal - é necessária para conter os bandidos; nesse caso, a pessoa se esquece que o que define os bandidos é exatamente a prática de violências ilegítimas e ilegais e que de boas intenções, como essas, o inferno está cheio.

Só a lei e o seu cumprimento pelos agentes do Estado pode separar alhos de bugalhos e controlar a criminalidade em limites razoáveis. Sem isso, estaremos no pior dos mundos - como muitos acham que efetivamente estamos."Michel Misse, sociológo, professor do Departamento de Sociologia da UFRJ e coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ - Rio de Janeiro).
http://www.cafecomsociologia.com/2011/02/combate-violencia.html

ESTE HOMEM É CIENTISTA BRASILEIRO. IR PARA O NEM SEM CONHECê-lo é loucura

LEIA AQUI NESTE ÓTIMO BLOG. LEIAM COM ATENÇÃO AS REFLEXÕES...E TAL..


http://textosparareflexao.blogspot.com/2011_10_01_archive.html

LEIAM À FORÇA : ÉTICA.;...

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/etica-a-area-da-filosofia-que-estuda-o-comportamento-humano.htm

sábado, 6 de outubro de 2012

proposta sobre o Bullying


LUIZ FELIPE PONDÉ
A paranoia bullying

Entro em sala de aula várias vezes na semana. Daí vem muito do que penso acerca dos modismos perniciosos que assolam o mundo da educação.
E daí também vem o fato de que, apesar de ser pessimista (nada tem de chique no pessimismo, apenas para quem não o conhece por dentro e o confunde com um estilo melancólico de se vestir), não desisto da vida e vou morar no bosque de "Walden" (ou algo semelhante), como fez o filósofo americano Thoreau no século 19.
Hoje vou comentar um caso específico de moda que em breve provavelmente vai destruir qualquer liberdade e espontaneidade na sala de aula: a "paranoia bullying".
Se atentarmos para o que o Ministério Público prepara como controle da vida escolar "interna", veremos, mais uma vez, a face do totalitarismo via hiperatividade do poder jurídico.
Ao invés de atacar o que deve ser atacado (o lixo que é a escola no Brasil, porque o Estado arrecada impostos como um dragão faminto, mas não dá nada em troca), o Estado e seu braço armado, o governo socialista que temos há décadas, que adora papos-furados como cotas raciais e bijuterias semelhantes, invade o espaço institucional do cotidiano escolar com sua vocação maior e eterna: o controle absoluto da vida nos seus detalhes mais íntimos.
E ninguém parece enxergar isso, muito menos a pedagogia e sua vocação, nos últimos anos, para livros bobos da moda e palestrantes de autoajuda.
Quando ouço alguma "autoridade pública em bullying", sinto que estou diante de um inquisidor, que, como todos, sempre se acha representantes do "bem".
Seria de bom uso dar aulas de história dos perfis psicológicos dos grandes inquisidores, como Torquemada e Bernard de Gui, para essas "autoridades públicas" em invasão da vida íntima das pessoas e das instituições. Eles descobririam sua ascendência direta do grande inquisidor de Dostoiévski ("Irmãos Karamazov").
Em breve, a melhor solução para o professor será a indiferença preventiva para com os alunos. Melhor uma aula burocrática e avaliações burocráticas do tipo "múltipla escolha" ou "diga se é falso ou verdadeiro", mesmo nas universidades, porque assim o aluno não poderá acusar o professor de "desumanidade" ao reprová-lo, ou pior, acusá-lo de bullying porque desconsiderou sua "cultura de ignorante", mas que "merece respeito assim como Shakespeare".
Os "recursos" contra reprovação logo se transformarão em processos contra "bullying intelectual". E os fascistas do controle jurídico da vida terão orgasmos.
Atitudes como estas destroem a autoridade da instituição, dos profissionais que nela trabalham e transformam todos em reféns da "máquina jurídica". O resultado é que família e escola perdem autonomia. O que este novo coronelismo não entende é que existe um risco inerente ao convívio escolar e que as autoridades imediatas, professores e coordenadores é que devem agir, e não polícia ou juízes.
Na minha vida como aluno em universidade tive duas experiências com dois professores que hoje poderiam ser enquadradas facilmente neste papinho de "tratamento desumano", mas que foram essenciais na minha vida profissional e pessoal.
A primeira, quando era um aluno da medicina na UniversidadeFederal da Bahia, ocorreu no dia em que perguntei a um professor como um paciente terminal via o fato de que ele ia em direção ao nada. Ele disse: "O senhor está na aula errada, deveria estar na aula de filosofia".
Isso, numa faculdade de medicina, significa mais ou menos que você não tem a natureza forte o bastante para encarar a vida como ela é.
A segunda, já na faculdade de filosofia da USP, aconteceu quando um professor me deu zero e disse para procurá-lo. Ao me ver, no meio da secretaria e na frente de vários funcionários e alunos, ele disparou: "Suas ideias são ótimas, seu português é um lixo".
Em vez de preparar a polícia para prender bandidos que assaltam casas e restaurantes aos montes, o governo prefere brincar com essas bijuterias, fingindo que cumpre sua função de garantir a segurança pública. Será que isso é medo de enfrentar os criminosos de verdade?
ponde.folha@uol.com.br