sábado, 29 de setembro de 2012

Gravidez na adolescência

PROPOSTA: A CAMPANHA 'CONSCIÊNCIA NO TRÂNSITO CONSEGUIRÁ DIMINUIR A SANHA DOS MOTORISTAS?"

A presidenta Dilma Rousseff lança a campanha “Pela Consciência no Trânsito”

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texto 1]

Thor Batista não poderia dirigir


Filho do bilionário Eike Batista tinha 51 pontos na carteira de motorista, mas investigação preliminar indica que ciclista atravessou faixa da rodovia. Fábio Pozzebom/ABr
Thor Batista, filho mais velho doempresário Eike Batista, atropelou e matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, na noite de sábado 17. O acidente ocorreu na Rodovia Washington Luís, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro e foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar) no 61º Departamento de Polícia.
O jovem, no entanto, não poderia dirigir a Mercedes SLR McLaren Roadster nem qualquer outro carro -, uma vez que tinha 51 pontos em sua carteira de habilitação. O veículo é avaliado em 890 mil reais e com velocidade máxima de 334 km/h.
Segundo um documento obtido pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, Thor Batista recebeu 11 multas nos últimos 18 meses.
Ele tirou a habilitação em dezembro de 2009 e, para mantê-la, precisaria ficar um ano sem cometer infrações graves. Recebeu cinco multas por excesso de velocidade em 2010 e ainda assim conseguiu a permissão definitiva.
Após obter a habilitação permanente, somou mais 19 pontos em infrações na carteira, antes de se envolver no acidente no sábado. Thor presta depoimento sobre o caso na quarta-feira 21.
Três dias após o ocorrido, Eike Batista afirmou à coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, que a “imprudência do ciclista causou, infelizmente, a sua morte. Mas podia ter levado três pessoas [Thor e o amigo que estava com ele no carro].”
O homem mais rico do Brasil, com fortuna estimada em 30 bilhões de reais, criticou o governo por não instalar passarelas na região e cercar a autopista. “Poderia ser um cavalo, muitas vezes você quer desviar para salvar o cachorro. Tenho amigos que faleceram assim.”
Testemunhas dizem que o jovem teria tentado ultrapassar um ônibus e atingiu o ciclista no acostamento, mas Batista nega. “Eles [família da vítima] vão dizer que o Thor estava no acostamento. Impossível. A marca do carro está na segunda faixa. Aí é interesse do advogado da outra parte em criar história.”
Os familiares do ciclista defendem que ele costumava fazer o percurso pelo acostamento e anunciaram nesta terça-feira 20 que vão acionar Thor na Justiça. Eles pedem indenização por danos morais e materiais e alegam que Wanderson sustentava a mulher e parentes com osalário de 1,4 mil reais por mês.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o jovem e o colega, Vinicius Balian Racca, de 22 anos, prestaram socorro à vítima, fizeram o teste do bafômetro e não foi identificada a ingestão de bebida alcoólica.
No domingo 18, o policial rodoviário João Miguel Rezende Ribeiro, o primeiro a chegar ao local do acidente, afirmou em depoimento na delegacia que a vítima atravessava a estrada de bicicleta quando foi atingida.
Testemunhas dizem que o carro parou a cerca de 200 metros do local do acidente. De acordo com Eike Batista, o corpo da vítima foi lançado entre o banco do motorista e o do carona e poderia ter se transformado “em uma bala”.
A família Batista pagou os 8 mil reais em despesas do funeral.
Twitter
Nas redes sociais, o empresário defendeu o filho e acusou o ciclista de imprudência. “Thor estava na velocidade permitida, fez teste do bafômetro”, disse no Twitter. “Ele estava atravessando na segunda faixa de uma autoestrada! Simples assim.”
Thor lamentou no domingo 18 o ocorrido e também disse, em nota, que a vítima, “atravessava, inadvertidamente, a rodovia 040 (sentido Juiz de Fora-Rio) de bicicleta, na noite de ontem”.
O advogado da família da vítima, Cléber Carvalho, disse, no entanto, haver indícios de excesso de velocidade. “A distância entre o carro e o corpo de Wanderson era de 150 m e o estado de destruição do carro indica que a vítima foi atingida de frente. Esses indícios levam a crer que Wanderson foi assassinado pela imprudência de alguém”, declarou ao jornal O Estado de S.Paulo.
Carvalho deve solicitar a classificação do crime como homicídio doloso (com intenção de matar), quando acontece quando a pessoa dirige em alta velocidade e assume o risco de colocar outras vidas em risco.
Pelo Twitter, Thor alegou estar abaixo dos 110 km/h permitidos na rodovia. “Infelizmente foi impossível evitar a colisão. Me recordo que Wanderson empurrava a bicicleta com o pé esquerdo no chão. Sentado, porém, no banco da bicicleta. A frenagem trouxe o carro de 100 km/h até 90 km/h até o momento da colisão apenas, infelizmente.”
Eike Batista, no entanto, contradiz o filho na entrevista à Folha. “Ele estava a 110 km/h.”
O laudo que pode identificar se o jovem dirigia acima do permitido sai em 10 dias.
texto 2

Não é tão simples definir a palavra ‘violência’, segundo sociólogos e pesquisadores deste tema. As conotações deste conceito variam conforme suas fontes. Por exemplo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este termo significa impor um grau intenso de dor e sofrimento que não se pode evitar. Para os militantes dos direitos humanos, a ‘violência’ é entendida como a violação dos direitos civis. Mas os estudiosos crêem que seu significado é muito mais profundo.

A violência tem várias faces. Na verdade, a violência urbana é apenas uma delas, entre guerras, miséria, discriminações, e tantas mais. O ângulo aqui abordado é um dos mais discutidos e controvertido de nossos tempos. Os atos transgressores ocorridos no âmago das grandes cidades, de caráter estritamente agressivo, frutos da vida em sociedade na esfera urbana, caracterizam, em parte, este fenômeno social que se convencionou chamar de violência urbana. 



Ela se expressa através dos níveis cada vez mais elevados de criminalidade, da sujeição freqüente ao domínio dos instintos selvagens e bárbaros, do crime organizado, principalmente em torno do tráfico de drogas, dos atos despidos de qualquer civilidade – aqui se compreendem também a constituição de gangues, as pixações, a espoliação dos bens públicos, o caos do trânsito, os pontos abandonados da cidade, sem nenhuma preservação ou manutenção, entre outros.
Infelizmente, a cultura de massa e um setor da mídia, irresponsável e sensacionalista, alimentam essas tendências explosivas das metrópoles, incentivando a violência por meio de filmes, músicas, novelas, um jornalismo policial preocupado apenas com uma audiência crescente, entre outros.
A violência está enraizada no próprio processo histórico brasileiro, desde os primórdios da colonização. Milhares de índios foram exterminados, culturas dizimadas, outros aborígenes escravizados, ao lado dos negros trazidos da África. Esse contexto foi, ao longo do tempo, agravando-se ainda mais. Depois da libertação dos escravos, da importação de mão-de-obra de outros países, os imigrantes, o número de excluídos e marginalizados da nossa sociedade foi crescendo significativamente.

À medida que as cidades passaram a inchar de forma caótica, desordenada, sem nenhum planejamento, absorvendo também os trabalhadores do campo, principalmente após a mecanização rural, sua população foi dividindo os territórios – um centro ocupado pela elite, alguns círculos habitados pela classe média, e uma periferia crescente que cada vez mais se expande por todos os espaços desocupados que restam nas metrópoles urbanas.



Tudo isso, somado a um sistema econômico que mais exclui do que inclui as pessoas, mecanismo cruel que, por um lado, explora os trabalhadores, aliena-os do produto de seu trabalho, e por outro estimula ao máximo o consumo, através dos canais disponibilizados pela mídia e pela cultura de massa. Assim, a maior parte dos jovens, excitados pelo apelo ao consumismo, sem perspectivas materiais e sociais, abandonados pelo Poder Público, que não investe o suficiente em políticas educacionais e culturais, vê abrir-se diante de seus olhos o universo do crime organizado, que eles acreditam lhes proporcionar tudo o que mais desejam. Este mundo, a princípio fascinante, ocupa o vácuo deixado pelo Estado, mas depois trai cada um de seus seguidores, oferecendo-lhes nada mais que uma vida perdida, sem dignidade, mergulhada nos vícios e em uma violência sem freios, que acaba ceifando suas próprias existências.

Assim, em sociedades nas quais as instituições revelam-se fracas e corrompidas, na qual a autoridade social encontra-se desacreditada, os valores morais atravessam uma fase de decadência e descrença, na qual até mesmo a família tem deixado de cumprir seu papel fundamental na esfera da educação e da concessão de limites, vemos a violência urbana ultrapassar inclusive as barreiras sociais, aliciando adeptos em todas as classes sociais, em qualquer faixa étnica, independente até mesmo de sexo, idade ou religião.

A própria vida perdeu seu sentido, daí presenciarmos linchamentos, justiça realizada pelas próprias mãos, crimes passionais, assassinatos resultantes de brigas no trânsito, em casas noturnas, shows, bares, entre pessoas aparentemente honestas e até aquele momento completamente obedientes às normas sociais e legais.
Hoje, em nosso país, a violência se dissemina também pelas cidades do interior, pois os grupos criminosos vão procurando novos territórios. Além disso, também essas pequenas cidades absorvem atualmente os problemas antes típicos das grandes metrópoles, principalmente a degradação moral. Torna-se urgente uma profunda reforma político-social, aliada a um resgate intenso dos valores esquecidos, perdidos pelo caminho. Esta ação depende do Estado, mas também de toda a sociedade organizada.



Fontes
http://www.infoescola.com/sociedade/violencia-nas-grandes-cidades/
http://www.serasa.com.br/guiacontraviolencia/violencia.htm
http://www.renascebrasil.com.br/f_violencia2.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/violencia/vio09.htm


texto 3


OMS alerta: Brasil é o 5º do mundo em vítimas de trânsito

Publicado: 17/06/2009 por Andrew em AtualidadesEducaçãoPsicologia & ComportamentoSaúde
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O Brasil tem um triste recorde mundial: é o quinto maior em número de mortes no trânsito. Organização Mundial da Saúde (OMS), que apresenta esta semana o maior estudo sobre o assunto, alerta  que só em 2007  dos 178 países analisados, aconteceram 35,1 mil mortes causadas por desastres com automóveis no Brasil. Os números só são inferiores a Índia, onde ocorreram 105,7 mil, China (96,6 mil), Estados Unidos (42,6 mil) e Rússia (35,9 mil).
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a violência no trânsito no Brasil é a segunda maior causa das mortes entre jovens, só perdendo para os homicídios. 
As mortes, de acordo com pesquisa, se concentraram em homens adultos jovens (com idade entre 20 e 59 anos), residentes em municípios de pequeno porte populacional. No caso de atropelamentos, o risco de morte é maior entre os idosos; para ocupantes de veículos, o risco é maior para o grupo de 20 a 59 anos. Entre os motociclistas, o risco concentra-se na faixa de 20 a 29 anos e o número de mortes de motociclistas aumentou cerca de 20 vezes em 16 anos. Em 1990, haviam sido contabilizados 300 mortes provocadas por acidentes de moto. Em 2006, o número saltou para quase 7 mil.
Atualmente, os acidentes nas estradas são a décima maior causa de mortes no mundo. Segundo a OMS informa que esses desastres matam 1,2 milhão de pessoas por ano. Quase metade das vítimas não estava de carro – foram 584 mil pedestres e ciclistas mortos em acidentes, representando 46% do total das mortes. No Sudeste Asiático, esse índice é ainda mais alarmante: 80% das mortes no trânsito envolveram pessoas que sequer têm carro.
Os dados também indicam que, nos países ricos, a taxa de mortes está estável. Mas, nos países em desenvolvimento contua crescendo, o que preocupa os especialistas no assunto. Segundo eles, a melhoria da renda provoca o crescimento do número de veículos no trânsito, o que não quer dizer necessariamente o aumento os dispositivos de segurança.
A OMS verificou também que apenas 15% dos 178 países avaliados têm uma legislação completa em relação ao trânsito, incluindo limites alcoólicos, limites de velocidade dentro de cidades e obrigatoriedade no uso de capacetes. Mas, mesmo nos países onde existem as leis, o cumprimento é falho.  No ritmo em que está, a OMS, prevê que se for mantido os números dos últimos 10 anos, haverá 2,4 milhões de mortes em 2030, o dobro do índice atual.
Números
Mortes envolvendo automóveis —-> 1,2 milhão de pessoas ao ano
Previsão de mortes em 2030 ——–> 2,4 milhões de mortes
Fonte: O Estado de S. Paulo e Correio Braziliense
OUÇA ESTA MÚSICA ( anos 1950/60) 
( DEPOIS COLOCO A LETRA)
http://www.youtube.com/watch?v=OByqAxGeW84

PROPOSTA
REFLEXÃO ROSE
NOS ANOS 1950,  OS JOVENS BRASILEIROS DAS CLASSES MAIS ABASTADAS APOSTAVAM CORRIDAS DE CARRO NA  RUA AUGUSTA , EM SÃO PAULO. OCORRE QUE HOJE AQUILO QUE SE CIRCUNSCREVIA E UMA RUA VIROU PRÁTICA , ROTINA. CORRER , DESAFIAR OS OUTROS MOTORISTAS AINDA É NORMA DE ALGUNS. E MESMO NUM TEMPO DE TRÂNSITO CONGESTIONADO O DESEJO DE SE IMPOR AINDA VALE.

Violência urbana

http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/violencia.htm

USE ESTE TEXTO PARA ESCREVER UMA DISSERTAÇÃO QUE BUSQUE ABORDAR AS CAUSAS DA VIOLÊNCIA URBANA. FAÇA UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.


"Não existe uma definição consensual ou incontroversa de
violência. O termo é potente demais para que isso seja possível."
Anthony AsblasteR

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Dicionário do Pensamento Social 

''O que é violência? Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.
Para todos os efeitos, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito, a violência se manifesta de várias maneiras. Na comunidade internacional de direitos humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis (vida, propriedade, liberdade de ir e vir, de consciência e de culto); políticos (direito a votar e a ser votado, ter participação política); sociais (habitação, saúde, educação, segurança); econômicos (emprego e salário) e culturais (direito de manter e manifestar sua própria cultura). As formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como assassinato, seqüestros, roubos e outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimônio, formam um conjunto que se convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes cidades. Não é possível deixar de lado, no entanto, as diferentes formas de violência existentes no campo.
A violência urbana, no entanto, não compreende apenas os crimes, mas todo o efeito que provocam sobre as pessoas e as regras de convívio na cidade. A violência urbana interfere no tecido social, prejudica a qualidade das relações sociais, corrói a qualidade de vida das pessoas. Assim, os crimes estão relacionados com as contravenções e com as incivilidades. Gangues urbanas, pixações, depredação do espaço público, o trânsito caótico, as praças malcuidadas, sujeira em período eleitoral compõem o quadro da perda da qualidade de vida. Certamente, o tráfico de drogas, talvez a ramificação mais visível do crime organizado, acentua esse quadro, sobretudo nas grandes e problemáticas periferias.
Hoje, no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das instituições de segurança pública em conter o processo de interiorização da violência, a degradação urbana contribui decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos das grandes metrópoles. Na última década, a violência tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência. Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade civil.
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As causas 
 
Se a violência é urbana, pode-se concluir que uma de suas causas é o próprio espaço urbano? Os especialistas na questão afirmam que sim: nas periferias das cidades, sejam grandes, médias ou pequenas, nas quais a presença do Poder Público é fraca, o crime consegue instalar-se mais facilmente. São os chamados espaços segregados, áreas urbanas em que a infra-estrutura urbana de equipamentos e serviços (saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça) é precária ou insuficiente, e há baixa oferta de postos de trabalho.

Esse e os demais fatores apontados pelos especialistas não são exclusivos do Brasil, mas ocorrem em toda a América Latina, em intensidades diferentes. Não é a pobreza que causa a violência. Se assim fosse, áreas extremamente pobres do Nordeste não apresentariam, como apresentam, índices de violência muito menores do que aqueles verificados em áreas como São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades. E o País estaria completamente desestruturado, caso toda a população de baixa renda ou que está abaixo da linha de pobreza começasse a cometer crimes.
Outros dois fatores para o crescimento do crime são a impessoalidade das relações nas grandes metrópoles e a desestruturação familiar. Esta última é causa e também efeito. É causa porque sem laços familiares fortes, a probabilidade de uma criança vir a cometer um crime na adolescência é maior. Mas a desestruturação de sua família pode ter sido iniciada pelo assassinato do pai ou da mãe, ou de ambos.

No entanto, alguns especialistas afirmam que essa causa deve ser vista com cautela. Desestrutura familiar, por exemplo, não quer dizer, necessariamente, ausência de pai ou de mãe; ou modelo familiar alternativo. A desestrutura tem a ver com as condições mínimas de afeto e convivência dentro da família, o que pode ocorrer em qualquer modelo familiar.
Também não é o desemprego. Mas o desemprego de ingresso – quando o jovem procura o primeiro emprego, objetivando sua inserção no mercado formal de trabalho, e não obtém sucesso – tem relação direta com o aumento da violência, porque torna o jovem mais vulnerável ao ingresso na criminalidade. Na verdade, o desemprego, ou o subemprego, mexe com a auto-estima do jovem e o faz pensar em outras formas de conseguir espaço na sociedade, de ser, enfim, reconhecido.
Sem conseguir entrar no mercado de trabalho, recebendo um estímulo forte para o consumo, sem modelos próximos que se contraponham ao que o crime organizado oferece (o apoio, o sentimento de pertencer a um grupo, o poder que uma arma representa, o prestígio) um indivíduo em formação torna-se mais vulnerável.
O crescimento do tráfico de drogas, por si só, é também fator relevante no aumento de crimes violentos. As taxas de homicídio, por exemplo, são elevadas pelos “acertos de conta”, chacinas e outras disputas entre traficantes rivais.
E, ainda, outro fator que infla o número de homicídios no Brasil é a disseminação das armas de fogo, principalmente das armas leves. Discussões banais, como brigas familiares, de bar e de trânsito, terminam em assassinato porque há uma arma de fogo envolvida.

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Os caminhos para a solução
 
 
Para um enfrentamento das causas, a participação de toda a sociedade – tanto cobrando soluções do Poder Público como se organizando em redes comunitárias de proteção e apoio, de desenvolvimento social e mesmo de questões de segurança pública – é um caminho apontado pelos especialistas. Não significa substituir as funções do Estado, mas trabalhar em conjunto. E é importante não transformar o diagnóstico, a identificação das causas, em motivo para mais violência. Afirmar que as áreas urbanas mais desprovidas de recurso facilitam a criminalidade não significa dizer que os moradores dessas áreas sejam culpados. Na verdade, além de enfrentar condições precárias de subsistência, essa população ainda é a principal vítima de crimes violentos.
Grande parte das ações necessárias está na gestão urbana, que compete aos municípios. Como a segurança pública é tarefa dos Estados, é preciso haver integração entre políticas urbanas e políticas de segurança pública.
A escola também é um ponto importante: espaço privilegiado de convívio e de formação da pessoa, precisa ter qualidade e se integrar à comunidade a sua volta. Escolas que permanecem abertas nos finais de semana, para uso da comunidade, conseguem quase eliminar o vandalismo em suas dependências.
Além de uma escola pública melhor, fazem parte da lista de ações recomendadas por quem estuda a violência uma polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e, se necessário, mais rigoroso.
Para proteger-se dos crimes contra o patrimônio, como fraudes, furtos e roubos, o sociólogo Tulio Kahn recomenda estratégias de “bloqueamento de oportunidades”: dificultar o acesso dos criminosos aos alvos por eles visados.
O ladrão age quando tem a oportunidade facilitada e pelo valor que possa obter com o produto do roubo. A mudança de alguns hábitos e a adoção de comportamentos preventivos, somadas a equipamentos de segurança que possam incluir de simples trancas reforçadas a sofisticados sistemas de monitoramento eletrônico de residências são recomendados pelos especialistas em segurança. A instalação de equipamentos deve levar em conta o patrimônio a ser protegido e, claro, a disponibilidade financeira (leia o capítulo “Dicas de prevenção”).
De uma maneira mais ampla, não basta somente proteger a si mesmo. Adalberto Botarelli, psicólogo social, cita o pensamento do filósofo Espinosa, segundo o qual agimos governados por três questões: 1) uma lógica transcendental, não se faz uma coisa porque é pecado; ou 2) uma lógica do medo, não se faz pela punição possível; ou 3) pelo bem comum, porque o bem do outro é o bem de si próprio – é a lógica da ética do bem comum. De acordo com a ética do bem comum, uma pessoa não vai se preocupar com a redução dos assaltos por ser um bem para si mesma, mas por ser um bem para toda a sociedade. Nessa lógica, não existe propriamente uma defesa contra a violência, mas sim a redução do medo.

SE DESEJAR LEIA SOBRE O DESARMAMENTO AQUI
http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/index.htm

Perfil do agressor e vítima

http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/index.htm


Entenda os princípios do regime democrático




O filósofo e professor da USP Renato Janine Ribeiro discute em "A Democracia", livro da coleção Folha Explica, o que é a democracia moderna e levanta a questão: ainda pode haver democracia? O primeiro capítulo do livro pode ser lido a seguir.
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Livro explica o que é a democracia moderna e como ela funciona
Livro explica o que é a democracia moderna e como ela funciona
A partir de um revisão histórica, o autor constrói um panorama de que regime é este em que vivemos, inspirado em antigos ideais gregos, organizado em um sistema representativo e que se destaca pela luta pelos direitos humanos. O volume faz par com"A República", do mesmo autor.
Renato Janine Ribeiro é professor titular de Ética e Filosofia Política na USP (Universidade de São Paulo) e foi professor visitante na Universidade de Columbia em Nova York, em 2003 e 2004. Atualmente, é diretor de avaliação da Capes. Já publicou oito livros, entre eles "A Marca do Leviatã" (Ateliê Editorial), "Ao Leitor sem Medo - Hobbes Escrevendo Contra o seu Tempo" (UFMG), "A Etiqueta no Antigo Regime" (Moderna) e "A Última Razão dos Reis - Ensaios de Filosofia e de Política" (Companhia das Letras).
*
Confira o primeiro capítulo de "A Democracia":
1. A DEMOCRACIA DIRETA
A palavra democracia vem do grego (demos, povo; kratos, poder) e significa poder do povo. Não quer dizer governo pelo povo. Pode estar no governo uma só pessoa, ou um grupo, e ainda tratar-se de uma democracia --desde que o poder, em última análise, seja do povo. O fundamental é que o povo escolha o indivíduo ou grupo que governa, e que controle como ele governa.
O grande exemplo de democracia, no mundo antigo, é Atenas, especialmente no século 5 a.C. A Grécia não era um país unificado, e portanto Atenas não era sua capital, o que se tornou no século 19. O mundo grego, ou helênico, se compunha de cidades independentes.
Inicialmente eram governadas por reis --assim lemos em Homero. Mas com o tempo ocorre uma mudança significativa. O poder, que ficava dentro dos palácios, oculto aos súditos, passa à praça pública, vai para tó mésson, "o meio", o centro da aglomeração urbana. Adquire transparência, visibilidade. Assim começa a democracia: o poder, de misterioso, se torna público, como mostra Vernant 1. Em Atenas se concentra esse novo modo de praticar --e pensar-- o poder.
Os gregos distinguiam três regimes políticos: monarquia, aristocracia e democracia. A diferença era o número de pessoas exercendo o poder --um, alguns ou muitos. Monarquia é o poder (no caso, arquia) de um só (mono). Aristocracia é o poder dos melhores, os aristoi, excelentes. São quem tem aretê, a excelência do herói. Assim, a democracia se distingue não apenas do poder de um só, mas também do poder dos melhores, que se destacam por sua qualidade. A democracia é o regime do povo comum, em que todos são iguais. Não é porque um se mostrou mais corajoso na guerra, mais capaz na ciência ou na arte, que terá direito a mandar nos outros.
A PRAÇA É DO POVO
Em Atenas e nas outras cidades democráticas (não era toda a Grécia: Esparta era monárquica), o povo exercia o poder, diretamente, na praça pública. Não havia assembléia representativa: todos os homens adultos podiam tomar parte nas decisões. A lei ateniense, no século 4 a.C., fixa 40 reuniões ordinárias por ano na ágora, que é a palavra grega para praça de decisões. Isso significa uma assembléia a cada nove dias.
Essa é a maior diferença entre a democracia antiga e a moderna. Hoje elegemos quem decidirá por nós. Mesmo em cidades pequenas, delegamos por vários anos as decisões ao prefeito e aos vereadores. Os gregos, não. Eles iam à praça discutir as questões que interessavam a todos.
O pressuposto da democracia direta era a liberdade. Os gregos se orgulhavam de ser livres. Isso os distinguia de seus vizinhos de outras línguas e culturas. Ser grego ou helênico não era uma distinção racial, mas lingüística e cultural. Quem falasse grego era grego, não importando o sangue que corresse em suas veias. Os gregos consideravam os outros povos, tais como os persas, inferiores, mas --ao contrário dos racistas modernos-- não por uma diferença genética, e sim por não praticarem a liberdade. (Ter a liberdade significava praticá-la.) Só eles, que decidiam suas questões, eram livres.
Dá para entender por que ainda hoje quem fala em democracia evoca com um suspiro a cidade de Atenas? Sua assembléia reunia poucos milhares de homens, e sua democracia durou apenas uns séculos. Regimes democráticos só voltaram à cena em fins do século 18, mais de 2 mil anos depois. E, no entanto, parece que nada jamais se igualará a Atenas.
O SORTEIO
Talvez o mais estranho, na democracia antiga, fosse que nela mal havia eleição. Na verdade, não havia cargos fixos, ou eles eram poucos. Havia encargos. Uma assembléia tomava uma decisão; era preciso aplicá-la; então se incumbia disso um grupo de pessoas. Mas estas não eram eleitas, e sim sorteadas.
Por quê? A explicação é simples. A eleição cria distinções. Se escolho, pelo voto, quem vai ocupar um cargo permanente --ou exercer um encargo temporário--, minha escolha se pauta pela qualidade. Procuro eleger quem acho melhor. Mas o lugar do melhor é na aristocracia! A democracia é um regime de iguais. Portanto, todos podem exercer qualquer função.
Um exemplo é o júri. A freqüência à ágora é grande, chegando a alguns milhares, numa Atenas que tem de 30 mil a 40 mil cidadãos. Mas os principais julgamentos são atribuídos a um tribunal especial, cujos membros são sorteados, o que hoje chamamos júri. Temos um caso célebre, histórico: o julgamento de Sócrates. O filósofo é julgado, em 399 a.C., por 501 pessoas. Como 281 o condenam e 220 votam pela absolvição, ele é sentenciado à morte.
A maior exceção à regra da escolha por sorteio é óbvia: os chefes militares. Deles, e de poucos outros, se exige uma competência técnica que não se requer nas tarefas cotidianas. Nestas um nível de desperdício é tolerado, porque é mais importante a igualdade (isonomia) entre os cidadãos do que a perfeição na execução das tarefas.
AS FESTAS
Mas o que esses cidadãos mais decidem? A sociedade grega não conhece a complexidade da economia moderna. Os cidadãos tratam da guerra e da paz, de assuntos políticos, mas parte razoável das discussões parece girar em torno da religião e das festas, também religiosas.
Imaginemos o que é uma pólis grega. Uma assembléia a cada nove dias, sim, mas não para tratar de assuntos como os de grêmio estudantil (que é o órgão moderno mais próximo de sua militância). E sim, com alguma freqüência, para discutir festas e dividir as tarefas nelas.
Não é fora de propósito imaginar que o Rio de Janeiro, Salvador, o Recife e Olinda dariam excelentes cidades-estado, se decidissem adotar a democracia direta. Fariam constantes festas ao deus Dioniso (o Baco dos romanos) e, à volta disso, organizariam a vida social. E é bom pensar numa comparação nada acadêmica como esta, porque a tendência dominante, falando da democracia grega, é acentuar sua seriedade --como se fosse um regime feito para tratar das mesmas questões que nos ocupam. Não é o caso. A política era provavelmente mais divertida, até porque era bem próxima da vida cotidiana.
E poucos foram aqueles, como Platão e outros críticos da democracia, que questionaram a competência do povo simples para tomar as decisões políticas, alegando que para governar seria preciso ter ciência. Ora, um princípio da democracia grega --e de todo espírito democrático-- é que, se há ofícios em que o fundamental é a capacitação técnica, a cidadania não está entre eles. Aqui, na decisão do bem comum, na aplicação dos valores, todos são iguais --não há filósofo-rei nem tecnocrata.
OS EXCLUÍDOS
Em meio aos elogios dos modernos à democracia ateniense, uma crítica reponta: ela negava participação na ágora às mulheres, aos menores de idade, aos escravos e estrangeiros. Hoje aceitamos a exclusão dos menores, mas não a das outras categorias. O trabalho manual, considerado degradante, cabia sobretudo a escravos. Na condição de estrangeiro (em grego, meteco), incluíam-se todos os não-atenienses e mesmo seus descendentes: muitas pessoas nascidas em Atenas, mas de ancestrais estrangeiros, jamais teriam a cidadania ateniense.
1 Jean-Pierre Vernant, As Origens do Pensamento Grego (São Paulo: Difel, 1972).
"Folha Explica A Democracia"
Autor: Renato Janine Ribeiro
Editora: Publifolha
Páginas: 82
Quanto: R$ 18,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo televendas 0800-140090 ou na Livraria da Folha
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O BRASILEIRO SABE VOTAR?



TEXTO 1
BRASIL, UM PAÍS DE IDIOTAS? 
Após a análise que fizemos, confrontando com a pífia cultura de participação política desenvolvida no Brasil, somos obrigados a responder “sim” à pergunta feita acima. O processo de alienação política ao qual o povo brasileiro foi submetido no desenvolvimento da história da nação obteve êxito. A definição de Política não deixa de ser deturpada no senso comum, pois as pessoas entendem que esse conceito se limita simplesmente a discussões e atividades partidárias. Quando nos lembramos do artigo escrito por Aristides Lobo e sua imortal frase para definir a proclamação da República “E o povo assistiu àquilo bestializado”  vemos o disparate que existe entre o conceito de República, que significa coisa pública, do povo, e o que se estruturou no Brasil, relegando a população a segundo plano no processo de instituição das organizações políticas.
Pode ser um exagero dizer que a democracia brasileira é uma farsa, mas não deixa de ser verdade que nossa democracia ainda é muito falha. Sabemos que o cenário de corrupção assola a nação em todas as esferas governamentais. Cabe à população brasileira sair de seu estado letárgico na questão política, vencendo a apatia para finalmente começar a construir a verdadeira República, a verdadeira democracia. Precisamos ter consciência de que aqueles que exercem cargos de administração estão a serviço da população, e que cabe a esta tirá-los do poder quando não representam seus anseios, não realizam aquilo para o qual realmente foram eleitos: administrar a “coisa pública”. O que houve com o ânimo que tanto motivou as massas contra a ditadura civil-militar? Que as levou às ruas na campanha por eleições diretas – a Diretas Já! – e no processo que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo? Por que sempre vemos os mesmos candidatos, muitas vezes acusados de casos de corrupção e de envolvimento com interesses que não são os da população, e por que eles continuam se elegendo?
Sabemos que um processo de “despertar” político não se dá do dia para a noite. Em um país no qual a Educação é sucateada, professores são mal pagos, a Cultura é relegada, a situação torna-se pior ainda. Porém, está na hora de sair da cultura “carnaval e futebol” e acordar para as questões políticas. Por que defendemos tão ferrenhamente nossos times, mas não nossos direitos? Precisamos reconhecer que Política não é só voto e que a única saída para modificar essa situação é a união da população e a luta para que as medidas tomadas pelos governantes sempre visem o bem comum. Afinal, todo poder emana do povo.

TEXTO 2

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Qual o papel da imprensa numa sociedade democrática?

http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/qual-o-papel-da-imprensa-numa-sociedade-democratica.jhtm

A quem cabe a responsabilidade sobre a escolha alimentar da população?

http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/a-quem-cabe-a-responsabilidade-sobre-a-escolha-alimentar-da-populacao.jhtm

COMISSÃO DA VERDADE

nESTE LINK HÁ MUITO SOBRE A COMISSÃO DA VERDADE.


LEIAM O MAIS QUE PUDEREM , VEJAM O VÍDEO E ESCREVAM...TEM CARA DE ENEM , SIM SENHOR!


http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?home_id=113&alterarHomeAtual=1

Qual a importância, para o Brasil e para o mundo, da crise financeira dos países da zona do euro?

http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/qual-a-importancia-para-o-brasil-e-para-o-mundo-da-crise-financeira-dos-paises-da-zon

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